Os animes Mahō shōjo, é um gênero frequentemente referenciado na mídia ocidental. Isso se deve em parte à popularidade de Sailor Moon nos anos 90 e início dos anos 2000.
Sailor Moon se tornou uma das primeiras séries a apresentar ao público internacional a ideia de uma jovem usando poderes mágicos para se transformar em um super-herói e combater o mal. A ideia era incrível, mas adolescentes usando magia para resolver problemas não era um conceito novo no Japão.
O primeiro mangá a apresentar o que é considerado Mahō shōjo foi A Princesa e o Cavaleiro de 1953, escrito e ilustrado por Osamu Tezuka. A protagonista é uma garota chamada Safiri, que nasceu com o coração de um menino e uma menina. Para evitar que o trono da Terra de Prata caia nas mãos do malvado Duque Duralumínio, Safiri finge ser um príncipe depois que seu pai a apresenta como tal. Depois que Deus envia o anjo em treinamento Ching para pegar o coração do menino de Safiri, os dois começam uma amizade e tentam proteger a Terra de Prata daqueles que a arruinariam.
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Além de tudo, Sapphire luta contra o crime à noite sob a identidade de Cavaleiro Fantasma enquanto usa uma máscara. Embora não seja uma série de garotas mágicas no sentido moderno, e não use magia para resolver os problemas de Safiri, A Princesa e o Cavaleiro abriu o caminho para as séries posteriores se desenvolverem e é considerada altamente influente para o gênero.
Nos anos 60, estrearia Sally, a Bruxita. Este anime seguiu Sally, uma princesa bruxa que é teletransportada para o mundo mortal e usa seus poderes mágicos para resolver os problemas. A série foi inspirada em A Feiticeira. Sally tentaria manter sua magia em segredo, assim como a Samantha de A Feiticeira. Sally, a Bruxita seria a primeira série animada que apresentaria uma garota mágica de verdade, como é conhecido e usado hoje.
A Toei Animation continuaria a construir a premissa nos anos 70, produzindo o que seria conhecido como a Série Majokko. Significando "pequena bruxa", o gênero seria o principal proponente de meninas usando magia e coincidiria com o crescente movimento de libertação das mulheres no Japão na época.
Cutie Honey foi considerada uma série de ficção científica shonen com uma protagonista feminina em vez de uma série shoujo na época. Agora, retrospectivamente, é considerada uma série de garotas mágicas. No início dos anos 80, a Toei mais uma vez tomaria as rédeas e criaria a primeira "garota mágica" oficial ou, mahou shoujo, com Lalabel, a Garota Mágica. Logo depois, outros estúdios começariam a produzir suas próprias séries de garotas mágicas e o gênero majokko desapareceria.
Creamy Mami e Gigi e a Fonte da Juventude seriam as duas séries que popularizaram o gênero de garotas mágicas para o mainstream. A popularidade de ambos os títulos levaria a um crossover que veria os dois protagonistas participando de uma batalha mágica um contra o outro.
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Essa popularidade cresceria ainda mais nos anos 90 com o sucesso de Sailor Moon. Seria a primeira série a combinar transformação, o aspecto de combate ao crime de programas como Super Sentai e ideias que eram tradicionalmente associadas a garotas como romance. Também seria a primeira série a apresentar uma equipe de garotas mágicas em vez de uma única personagem. Essa ideia seria expandida por outras séries, como Ojamajo Doremi.
Sakura Cardcaptor também se tornaria extremamente popular, mesmo entre os fãs do sexo masculino, e popularizaria a ideia de moe. O gênero continuou a crescer em popularidade à medida que o novo milênio começou. Com essa nova popularidade e a ascensão dos animes, mais séries de garotas mágicas começariam a tentar atrair ainda mais o público masculino, como Mahou Shoujo Lyrical Nanoha.
Isso levaria ainda mais à ideia de explorar ideias mais sombrias e maduras, como a morte. Séries como Mahou Shoujo Madoka Magika e Genei wo Kakeru Taiyou tentariam abordar essas características e muitos outros sucesso vieram. Eventualmente, o gênero se tornaria um fator de sucesso quando séries como Little Witch Academia se tornaram sucesso e conseguiram renovar ainda mais o gênero.
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O sucesso do gênero de garotas mágicas se deve em parte às mensagens e suas histórias que as difere dos antigas séries de garotas mágicas. Personagens como Sailor Moon falavam com garotas já que elas não teriam que escolher se queriam ser vistas como poderosas ou femininas; eles podem ser os dois. Há também o escapismo que essas séries oferecem aos fãs, já que a ideia de usar magia para resolver até mesmo problemas simples é algo com o qual muitas pessoas podem se identificar. Garotas mágicas, e mais tarde a inclusão de garotos mágicos, permitem que o público fuja um pouco da realidade, mesmo que por pouco tempo.
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